SABERES TRANSDISCIPLINARES E ORGÂNICOS.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

O que disse imprensa internacional dos atos do 7 de setembro: '2 Brasis medem forças antes do veredito sobre Bolsonaro'

 

Manifestantes pró-Bolsonaro

Crédito,Reuters

Legenda da foto,Jornais destacaram que manifestações a favor de Bolsonaro foram maiores que os atos da esquerda no domingo
    • Author,Daniel Gallas
    • Role,Da BBC News Brasil em Londres

A imprensa internacional destacou as manifestações a favor e contra o ex-presidente Jair Bolsonaro realizadas no domingo (7/9) — dia da Independência do Brasil — em diversas cidades brasileiras.

Os atos aconteceram na semana em que é esperado um veredito no julgamento de Bolsonaro e outros sete réus de tentativa de golpe de Estado, que pode levar o ex-presidente à cadeia.

"Os dois Brasis se enfrentam nas ruas na véspera do veredito de Bolsonaro", destacou o jornal espanhol El País.

"O Brasil institucional, liderado pelo presidente Luiz Inácio da Silva, e o bolsonarismo — sem seu líder, Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar — foram às ruas neste domingo, 7 de setembro, Dia da Independência, em manifestações separadas", disse o principal jornal da Espanha.

"A esquerda reuniu cerca de 8 mil pessoas em São Paulo, enquanto o bolsonarismo reuniu cerca de 42 mil pessoas na maior de suas passeatas na mesma cidade, segundo o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento", destacou o jornal.

O artigo do El País afirma que os bolsonaristas já dão como certa a condenação de Bolsonaro, e por isso foram às ruas pedir uma anistia ao ex-presidente e outros políticos e manifestantes condenados na Justiça. Muitos também exibiram bandeiras dos EUA e pediram mais apoio ao presidente americano, Donald Trump, que seria "a última esperança e uma ferramenta-chave" para se conseguir uma anistia no Brasil.

O jornal também falou que Lula liderou o desfile oficial de 7 de setembro, que não contou com a presença de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula disse em pronunciamento na televisão que "não somos nem seremos de novo colônia de ninguém" e chamou de "traidores da pátria" os políticos que "estimulam ataques contra o Brasil".

Direita superou 'significativamente' a esquerda

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O jornal americano New York Times disse que apoiadores de Bolsonaro "inundaram as ruas na véspera de sua esperada condenação".

"Milhares de brasileiros foram às ruas no Dia da Independência do país, no domingo, em protestos políticos, abrindo uma semana tensa que deve terminar com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro", disse o jornal americano, destacando que as manifestações foram majoritariamente pacíficas e aconteceram em cidades de todo o país.

"À direita, brasileiros envoltos em bandeiras brasileiras e americanas protestavam contra o processo criminal contra Bolsonaro, acusado de tentar se manter no poder após perder a eleição de 2022. À esquerda, pessoas pediam a prisão de Bolsonaro e denunciavam os esforços do presidente Trump para proteger o ex-presidente."

"Na tarde de domingo, imagens aéreas de vários protestos deixaram poucas dúvidas de que os apoiadores de Bolsonaro superavam significativamente em número os manifestantes da esquerda, mostrando que — mesmo em meio a seus problemas legais — ele continua sendo uma força política significativa no Brasil", diz o artigo do New York Times.

O artigo questiona em seguida: "Mas isso vai importar?" — destacando que se espera a condenação de Bolsonaro, com penas que podem chegar a 40 anos de cadeia.

Avenida Paulista com manifestantes, vista aérea

Crédito,Reuters

Legenda da foto,Manifestantes pró-Bolsonaro ocuparam a Avenida Paulista

O New York Times destacou as falas de Lula no pronunciamento televisivo pelo 7 de setembro em que o presidente diz que o Brasil não vai aceitar ordens de ninguém — o que seria uma "mensagem voltada para Trump".

O jornal americano disse que "com a condenação de Bolsonaro vista como inevitável tanto pela direita quanto pela esquerda, os protestos de domingo se concentraram em grande parte na questão da anistia".

"A questão da anistia é particularmente sensível no Brasil, onde oficiais militares já receberam essa proteção por crimes cometidos durante a ditadura do país, de 1964 a 1985, quando brasileiros foram presos, torturados e desaparecidos."

Bolsonaristas 'suplicam' apoio de Trump

O jornal britânico The Guardian cobriu as manifestações bolsonaristas em um artigo com o título: "'Ele é nosso último recurso': apoiadores de Bolsonaro suplicam para que Trump intervenha no julgamento do ex-presidente por golpe".

"O presidente de esquerda do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu que seu país não aceitará ordens de ninguém, enquanto seguidores de seu antecessor de extrema direita foram às ruas para pedir que Donald Trump endurecesse contra o governo e o judiciário do Brasil na véspera do julgamento de Jair Bolsonaro por supostamente planejar um golpe", diz o Guardian.

"Nas manifestações de domingo, os apoiadores de Bolsonaro pediram a Trump que fizesse mais para ajudar seu líder de 70 anos, que vive em prisão domiciliar desde o início de agosto após violar uma ordem judicial que o proibia de usar as redes sociais. Se condenado esta semana, ele pode pegar uma pena de até 43 anos", afirma o jornal britânico.

"No Rio, milhares de manifestantes se reuniram na praia de Copacabana para mostrar seu apoio a Bolsonaro, que mantém o apoio de milhões de brasileiros, apesar das alegações de que ele orquestrou um golpe fracassado."

Manifestantes com mensagens contra Bolsonaro e anistia

Crédito,Reuters

Legenda da foto,Atos da esquerda pediram prisão de Bolsonaro e resistência à anistia

O Guardian afirma também que "a alegria da esquerda com a condenação antecipada de um político que, segundo promotores, tentou levar o Brasil de volta a um regime autoritário foi esfriada pela raiva com a intervenção de Trump e pelos temores de que o Congresso do país, dominado pelos conservadores, possa eventualmente aprovar uma anistia para Bolsonaro".

As manifestações de domingo também foram destaque em outros veículos internacionais.

O Clarín, da Argentina, disse: "Milhares de pessoas vão às ruas antes do veredito sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro". O também argentino La Nación noticiou: "Protestos de Bolsonaro desafiam Lula antes do julgamento sobre o suposto golpe".

O fim trágico de caçada a pai que se escondia com filhos há anos em floresta na Nova Zelândia

 

Foto de Tom Phillips

Crédito,Polícia da Nova Zelândia

Legenda da foto,Tom Phillips era considerado foragido desde 2022
    • Author,Kelly Ng, Vandhna Bhan, Ayeshea Perera e Rachel Hagan
    • Role,Da BBC News

Tom Phillips, que desapareceu com os filhos no final de 2021, era alvo de uma busca de alcance nacional. Ao longo dos anos, ele foi avistado diversas vezes, mas nunca pego.

O caso vinha causando grande comoção na Nova Zelândia.

Phillips foi morto em uma troca de tiros por volta das 2h30 desta segunda-feira (11h30 de domingo no horário de Brasília). Um policial ficou ferido e está passando por várias cirurgias, disseram as autoridades.

Os policiais estavam respondendo a um suposto roubo em uma propriedade comercial em Piopio, uma pequena cidade no norte da Nova Zelândia, quando Phillips e um de seus filhos foram vistos andando de quadriciclo.

Os policiais começaram a persegui-los e colocaram pregos na estrada para detê-los. O quadriciclo atingiu os pregos e saiu da pista.

Quando os policiais chegaram ao veículo, foram recebidos a tiros, informou a vice-comissária de polícia Jill Rogers a jornalistas.

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O primeiro policial a chegar ao local foi baleado na cabeça e segue em estado grave, informou a polícia.

Uma segunda unidade policial trocou tiros com Phillips, que foi baleado e morreu no local. Embora o corpo não tenha sido formalmente identificado, a polícia se diz confiante de que se trata de Phillips.

As outras duas crianças foram encontradas mais tarde no mesmo dia em um acampamento remoto na mata fechada. As três crianças estão ilesas, disse Rogers.

A criança com quem Phillips estava, que não foi identificada pela polícia, forneceu informações "cruciais" que ajudaram as autoridades a localizar as outras duas.

Não está claro se as crianças já foram informadas sobre a morte do pai.

A polícia notificou a mãe das crianças e os pais de Phillips de que elas estão bem, embora não tenha divulgado quem ficará responsável por elas.

A mãe das crianças, conhecida apenas como Cat, disse ao veículo local RNZ que estava "profundamente aliviada" por "este calvário ter chegado ao fim", depois de sentir muita falta dos filhos "todos os dias por quase quatro anos".

Mas ela também disse: "Estamos tristes com a forma como os eventos se desenrolaram hoje".

As autoridades disseram que Phillips era considerado foragido desde que não compareceu a um tribunal em 2022.

Antes de desaparecerem, Phillips e seus filhos moravam em Marokopa, uma pequena cidade rural na região de Waikato. Phillips, que teria quase 40 anos em 2022, tinha a reputação de ser um bom caçador, com experiência em florestas.

A polícia acredita que ele sequestrou os próprios filhos após perder a guarda legal deles.

Marokopa é uma área cercada por uma paisagem muito dura, com um litoral extenso e acidentado, com mata densa e com uma rede de cavernas que se estende por muitos quilômetros.

Phillips era conhecido por suas habilidades de sobrevivência, como a capacidade de construir abrigos e buscar comida na natureza.

Mesmo assim, havia indícios de que ele estava desesperado por recursos. Desde 2023, Phillips e seus filhos haviam sido avistados após arrombamentos em lojas de ferragens e supermercados.

Em outubro do ano passado, um grupo de adolescentes os avistou caminhando pela mata e filmou o encontro. No vídeo, Phillips e as crianças usavam roupas camufladas e cada um carregava sua própria mochila.

Os adolescentes conversaram brevemente com uma das crianças e perguntaram se alguém sabia que elas estavam ali. A criança respondeu "só você" e continuou andando, informou o 1News da Nova Zelândia.

Imagem de câmera de vídeo de crianças caminhando com adulto em bosque

Crédito,Polícia da Nova Zelândia

Legenda da foto,Phillips e seus três filhos foram filmados caminhando em outubro do ano passado

No ano passado, foi emitido um mandado de prisão contra Phillips por suspeita de envolvimento em um assalto a banco em Te Kuiti, uma pequena cidade na Ilha Norte. A polícia afirmou que ele teve um cúmplice.

Ao longo dos anos, muitos se perguntaram se Phillips estava recebendo ajuda da comunidade unida de Marokopa, uma cidade onde viviam menos de 100 pessoas. Mas essa questão segue sem resposta.

A morte de Phillips ocorreu menos de um mês após sua família fazer um apelo direto para que ele voltasse para casa.

Em entrevista ao site de notícias local Stuff, sua irmã Rozzi havia dito que a família estava "pronta para ajudar [Phillips] a enfrentar o que for preciso enfrentar".

"Eu realmente quero ver você e as crianças e fazer parte de suas vidas novamente", disse ela na ocasião.

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Luxon, descreveu a notícia sobre a morte de Phillips como "triste e absolutamente trágica".

"Isso não era o que ninguém queria que acontecesse hoje. Acho que esse é um sentimento consistente em toda a Nova Zelândia", disse o premiê na segunda-feira.

Outros neozelandeses também se disseram preocupados com o impacto da morte de Phillips no bem-estar de seus filhos.

Marlene McIsaac, moradora do distrito de Waitomo, diz que gostaria que tivesse havido "um final mais feliz".

"Para as crianças, sabe? As crianças ficarão arrasadas", disse ela ao 1News.

Ataque a tiros em Jerusalém deixa 6 mortos; o que se sabe

 

Pessoas passam por área isolada pela polícia. Ao fundo, aparece ônibus enfileirados

Crédito,Reuters

Legenda da foto,A polícia israelense disse que dois homens armados abriram fogo em um ponto de ônibus no cruzamento de Ramot
    • Author,David Gritten
    • Role,BBC News

Seis pessoas morreram e mais de sete ficaram gravemente feridas em um ataque a tiros por homens armados em Jerusalém, segundo paramédicos e a polícia israelense.

O serviço de ambulância israelense Magen David Adom identificou os mortos como três homens na faixa dos 30 anos e uma mulher e um homem na faixa dos 50 anos.

Nove pessoas com ferimentos à bala foram levadas a hospitais e outras três ficaram feridas por estilhaços de vidro.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi ao local do ataque.

A polícia israelense informou que dois "terroristas" chegaram em um veículo e abriram fogo contra um ponto de ônibus no cruzamento de Ramot, na periferia norte da cidade.

Um agente de segurança e um civil revidaram e neutralizaram os agressores, acrescentou.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas o Hamas emitiu um comunicado afirmando que "elogia" as ações dos agressores e as considera uma "resposta natural" à atividade militar de Israel em Gaza.

Benjamin Netanyahu e Itamar Ben-Gvir no local do ataque, em meio a outras pessoas

Crédito,Reuters

Legenda da foto,O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu visitou o local do ataque junto com o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir

Durante sua visita ao local do tiroteio, Benjamin Netanyahu falou com a imprensa e informou que as autoridades estão cercando os locais de onde os agressores partiram.

De acordo com a mídia israelense, acredita-se que os atiradores tenham partido dos vilarejos de al-Qubeiba e Qatanna, localizados a cerca de 10 km a oeste da travessia de Ramot.

Chamando os eventos de "guerra em várias frentes", Netanyahu afirmou que Israel frustrou centenas de ataques este ano, "mas não conseguiu fazer isso esta manhã".

Colaboração entre soldados e policiais

A polícia informou que um grande número de policiais está monitorando a área onde o ataque ocorreu e que unidades de desarmamento de bombas estão protegendo a área, enquanto equipes forenses coletam evidências.

O exército israelense informou que soldados também foram destacados para a área e estavam procurando suspeitos em cooperação com a polícia.

Os soldados também estão cercando diversas áreas nos arredores da cidade ocupada de Ramallah, na Cisjordânia, para "prevenir o terrorismo e fortalecer as defesas", acrescentou.

O vice-comissário de polícia Shlomi Bachar disse à TV Canal 12 que os policiais estavam "tentando entender como eles chegaram aqui, quem os trouxe", acrescentando que esperam encontrar os responsáveis ​​"em breve", informou o jornal Times of Israel.

Vidro frontal de ônibus aparece com marcas que parecem de bala

Crédito,Reuters

Legenda da foto,Bala atinge janela de ônibus no local do ataque em Ramot

Partido de Milei sofre derrota em eleição de Buenos Aires, vista como termômetro da disputa presidencial

 

Axel Kicillof

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,Axel Kicillof, governador de Buenos Aires, se consolidou como principal figura da oposição a Milei
    • Author, Giulia Granchi
    • Role,Da BBC News Brasil em Londres

Os primeiros resultados oficiais das eleições legislativas de domingo (07/09) na Província de Buenos Aires indicam vitória do peronismo de centro-esquerda, liderado pelo governador Axel Kicillof, que se consolida como principal figura da oposição e possível candidato à Presidência em 2027.

Com 82% das urnas apuradas, a Fuerza Patria alcança 46,9%, enquanto a La Libertad Avanza, partido do presidente Javier Milei, soma 33,8%.

O revés representa um duro golpe para Milei diante do peronismo-K, corrente ligada ao kirchnerismo e à ex-presidente Cristina Kirchner, que ele prometia retirar de vez da política argentina.

A eleição em Buenos Aires ocorreu apenas duas semanas após a eclosão de um escândalo envolvendo a irmã de Milei, Karina, no qual ela foi acusada de corrupção.

Karina Milei, que é secretária-geral da Presidência, foi acusada, em uma gravação, de ter cobrado propinas de indústrias farmacêuticas para compra governamental de medicamentos, ao lado do subsecretário de gestão institucional do governo, Eduardo "Lule" Menem. Os dois negam as acusações.

Javier Milei, presidente da Argentina, discursa durante um comício da noite eleitoral do partido La Libertad Avanza em La Plata

Crédito,Anita Pouchard Serra/Bloomberg via Getty Images

Legenda da foto,Após a derrota para a oposição peronista em Buenos Aires, Milei prometeu não mudar seu programa econômico

Os resultados

Segundo a imprensa argentina, o peronismo-K venceu em 6 das 8 seções eleitorais da província. Longe do sonho mileísta de pintar Buenos Aires "de violeta" (a cor de seu partido) — e também das previsões de pesquisas que projetavam no máximo uma vantagem apertada para a Fuerza Patria ou até um triunfo da LLA, o que levou Milei a falar em "empate técnico" — o mapa eleitoral deste domingo apareceu praticamente todo em celeste (cor dos peronistas).

A Fuerza Patria venceu com ampla margem na Terceira Seção — quase 54% a 28% — e também na Primeira, por mais de 10 pontos. Juntas, essas regiões concentram quase 10 milhões dos 14 milhões de eleitores habilitados (71%).

A sigla também levou a melhor na Quarta Seção — no noroeste da Província, após duas décadas —, na Segunda — igualmente de perfil rural — e na Oitava, que corresponde a La Plata, a capital provincial.

Já a Libertad Avanza, que incorporou um esvaziado PRO (partido do ex-presidente Mauricio Macri), conseguiu vitórias na Quinta — onde o prefeito de Mar del Plata, Guillermo Montenegro, voltou a superar a kirchnerista Fernanda Raverta — e na Sexta.

De olho nas eleições nacionais de 26 de outubro, que renovarão metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado, o resultado obriga o governo de Milei a repensar sua estratégia. O calendário, no entanto, limita as opções: restam apenas 50 dias até o pleito, e as alianças e listas já foram oficializadas.

A reação de Milei e Kirchner

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Ao admitir a derrota, Milei voltou a defender suas políticas liberais. "O rumo não vai mudar, será redobrado", declarou o presidente, em discurso na sede provincial de sua coalizão.

"O que precisa ficar claro é que, sem nenhuma dúvida, no plano político tivemos uma derrota. Se quisermos seguir em frente, é preciso aceitar os resultados. Sofremos um revés e é preciso assumi-lo", afirmou. "Isso nos levará a uma autocrítica profunda, na qual corrigiremos os erros que cometemos. Não há opção de repetir os mesmos erros. Nós os corrigiremos", completou.

Já a ex-presidente Cristina Kirchner, em prisão domiciliar, apareceu na sacada de seu apartamento na Recoleta para saudar apoiadores e também celebrou o resultado em uma rede social.

"Viu, Milei? Banalizar o 'Nunca Mais', que representa o período mais negro e trágico da história argentina, não é grátis. Rir da morte e da dor de seus oponentes, tampouco. Mas apontar o dedo e estigmatizar pessoas com deficiência, enquanto sua irmã cobra 3% de propina de seus medicamentos, é letal", escreveu Cristina, fazendo referência às acusações contra Karina Milei.